quarta-feira, junho 14, 2006

“Não sou feliz, mas tenho marido” ganha tradução em português

Sucesso em diversos países, como Argentina e Espanha, obra chega ao Brasil publicada pela Letraviva

É quase impossível não rir durante a deliciosa leitura da obra "Não sou feliz, mas tenho marido", da argentina Viviana Gómez Thorpe. A autora é peculiar em sua capacidade de descrever em minúcias as aventuras e desventuras de uma vida a dois. Dotada de um humor inteligente, consegue pontuar algumas questões nas relações humanas, sem a pretensão de filosofar ou de avaliar cada uma delas.

Baseada em experiências reais, a ficção mostra uma jornalista que descobriu, ao longo do trabalho, que poderia ser uma espécie de biógrafa de muitas outras mulheres em todo o mundo. Esta capacidade de “ironizar” o dia-a-dia pode ser uma das chaves do sucesso do título que ficou por 9 meses entre os mais vendidos na Argentina.

A obra já está presente em praticamente toda a América Latina, Espanha e até em Israel. Seu texto foi adaptado também para o teatro, em vários países: Argentina, Chile, Costa Rica, Colômbia, Espanha, México, Uruguai e Venezuela. No Brasil, a peça teatral passou pelo Rio de Janeiro e agora está em São Paulo, com a excelente atuação de Zezé Polessa.

As agruras no dia-a-dia familiar mostram os esforços da autora em manter um relacionamento criativo, onde duas pessoas procuram aprender a ceder, em função de um projeto comum. Mesmo que as concessões, na maioria das vezes, não sejam feitas em partes iguais. A hilária tentativa de fazer o cônjuge perder alguns quilinhos pode ser um bom exemplo. Para isto, foram criados alguns mandamentos, tais como: Não matarás por chocolate; Não roubarás a sobremesa dos teus filhos; Não pronunciarás em vão o nome Queijo Minas; Não cobiçarás a cerveja do teu vizinho; Não considerarás a maionese uma bebida. “Isso é sagrado” e um olhar ameaçador garantiram o cumprimento das leis.

A identificação com as experiências de Viviana é tamanha que muitas mulheres acabam vendo a autora como um espelho, que reflete sua própria realidade. E o que ela estimula não é a revolta com a condição feminina, nem sequer criar um estereótipo de “escravidão” de mulheres. O que ela quer é estimular a capacidade de se divertir com as delicias da vida conjugal.

Nesta tentativa, ela consegue tirar boas risadas de homens e mulheres.

Serviço

Livro: Não sou feliz, mas tenho marido, por Viviana Gómez Thorpe
171 páginas
ISBN 85-88348-08-X

Preço: R$ 30,00
Editora: Letraviva -
www.letraviva.com.br

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